6.6.14

Rir ou não com as comédias brasileiras atuais? - Parte 1

Desde 1994, ano da chamada "Retomada"do cinema nacional, eu corro para ver as estréias dos filmes brasileiros no cinema. Sem  preconceito fui de "Carlota Joaquina" e "Terra Estrangeira" à "Baianinha Cinderela", protagonizada por Carla Perez, que levou o produtor Diler Trintade a falência.
É aquela premissa: Mais vale um filme brasileiro do que um estrangeiro. Bem, será mesmo?
De um tempo para cá ficou impossível acompanhar as estréias dos filmes brasileiros no cinema, pois a produção cinematográfica nacional aumentou muito. Então, decidi fazer um recorte, filmes mais autorais vejo no cinema, comédias comerciais, como as "Globais", em dvd ou internet. O importante para mim, e ver todos e saber o que se produz no nosso cinema.
Tenho assistido várias comédias ultimamente, entre elas cito algumas. Umas surpreendentes e outras desastrosas. Na minha modesta opinião, Vamos lá!



-  O Concurso (2013), de Pedro Vasconcelos. Com Danton Mello, Fábio Porchat e outros.
- O Diário de Tati (2012), de Mauro Farias. Com Helóisa Périssé, Marcelo Adnet, Louise Cardoso.
Helóisa não salva o filme, muito menos Marcelo Adnet. Para ela parecer jovenzinha, a atriz experiente, de 47 anos, foi muito mal dirigida. Ela anda como um hipopótamo, masca chiclete feito um bode e fala com voz de desenho animado - tipo pica-pau, que causa uma vergonha alheia em qualquer telespectador. Uma pena para a boa atriz que é Périssé.


Nao há muito o que se falar deste filme. Comédia estereotipa de mau gosto. Longe de ser burlesca. Atuações desastrosas. É difícil rir. Prefira o Zorra Total.  Mesmo assim, ele fez 1,3 milhões de espectadores.





A produção deve ter levantado uma boa grana, pois são alguns minutos só com apoios, patrocínios e permutas. Mas é uma fria!

A história é uma cópia dessas comédias americanas para adolescentes. Uma garota mimada sem conseguir namorado, suas amigas são nerds, as inimigas de escola são as gatinhas descoladas e no final ela fica com o amiguinho.
Se as empresas que apoiaram esse projeto deram dinheiro através da lei do fomento, dinheiro de impostos pago por nós: - quero meu dinheiro de volta. 
Não chegou há 200 mil espectadores.




- Meu passado me condena (2013), de Julia Rezende. Com Fábio Porchat, Miá Mello, Marcelo Valle.
Não é de se jogar fora. Tem tiradas engraçadas. Mas nada além disso. É o chamado arroz com feijão.
Um recém casal, vividos por Porchat e Miá Mello, embarca num navio para passar sa lua de mel. Lá eles encontram suas antigas paixões. Se não tiver nada mais interessante vale assistir, principalmente num final de domingo, a parte mais tediosa da semana. Chegou a 3,2 milhões de espectadores.




- Os penetras (2012), de Andrucha Waddington. Com Marcelo Adnet, Stephan Nercessian, Mariana Ximenes.
Uma grata surpresa. O trailer não vende o filme, infelizmente, o faz parecer um filme de quinta categoria, tipo o Concurso. Mas é bem feito e engraçado.  Marcelo Adnet e Stephan Nercessian encaram dois mestres da picaretagem em grande estilo.  Vale muito conferir. Lembra as chanchadas da Atlântida.
Levou aos cinemas 2,5 milhões de espectadores.


- Minha Mãe é Peça (2012),  de André Pellenz. Com Paulo Gustavo, Ingrid Guimarães, Herson Capri.
Difícil é ficar sem rir durante quase todos os 85 minutos . Paulo Gustavo encarna a Dona Hermínia,  uma dona de casa, mãe protetora e barraqueira. Ao final do filme você descobre sua inspiração ou transpiração, o que preferir.  Uma bela comédia e uma atuação impecável de Paulo Gustavo. Vale muito!
Quase 5 milhões de pessoas foram ver nas telas a Dona Hermínia.


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